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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Natal Tradições 2: Alimentos e seus significados


O prato mais clássico servido nessa ocasião é o peru. A ceia de natal envolve muitas tradições familiares. Algumas famílias têm suas próprias receitas “secretas” para a ceia de natal, outras comem apenas os pratos natalinos tradicionais, como peru ou chester. O consumo dessa ave se originou nos EUA. Lá, o peru é um prato tradicionalmente servido no Dia de Ação de Graças, uma data muito importante para os americanos, e essa tradição veio para o Brasil. Os índios americanos já criavam perus antes de ocorrer a colonização inglesa. Durante a colonização, os índios serviram peru para comemorar a primeira grande colheita, e assim surgiu o hábito de consumir peru para celebrar datas importantes.

A apresentação de uma grande variedade de frutos secos no Natal é mais do que uma questão gastronômica. Os frutos secos têm uma ligação muito forte e particular com o solstício do Inverno. Na antiga Roma, eram um presente habitual e durante as celebrações eram especialmente apreciados pelas crianças, que os valorizavam tanto quanto um brinquedos como um alimento. Entre as classes sociais mais elevadas, os frutos secos tornavam-se mais especiais por serem cobertos de ouro, e estes frutos secos dourados serviam como presentes ou decoração. Para os romanos, cada tipo de fruto seco tinha um significado especial. As avelãs evitavam a fome, as nozes relacionavam-se com a abundância e prosperidade, as amêndoas protegiam as pessoas dos efeitos da bebida. Por isso, os frutos secos que colocamos à mesa no Natal são mais do que simples alimentos, é um antigo costume romano que promete a ausência de fome, pobreza e protege contra os excessos da bebida.

O tradicional panetone foi criado na Itália, mas não se sabe exatamente sua origem. Existem várias versões. De acordo com uma delas, um padeiro de Milão chamado Tone, em aproximadamente 900 d.C., fez um pão e misturou nele alguns ingredientes como frutas secas e nozes. Esse pão fez muito sucesso e ficou conhecido como “pane di Tone”. Uma segunda versão diz que, entre 1300 e 1400, um italiano, também de Milão, chamado Ughetto, estava apaixonado por uma moça que se chamava Adalgisa e, para poder ficar junto dela, empregou-se na padaria de seu pai. Lá, criou um pão especial que conquistou tanto a filha quanto o pai. E assim o pai de Adalgisa “deu a mão dela” a Ughetto. E uma outra versão conta que um chef di ciusine chamado Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão, em 1395 criou um pão diferente para uma festa, e este fez muito sucesso por causa de seu sabor. Mas, independentemente das lendas em torno da história do panetone, ele está sempre presente nas mesas de Natal de todo brasileiro.

O banquete do natal varia conforme a região do Brasil, do sul ao nordeste, adaptando os pratos tradicionais de suas terras com os alimentos típicos oferecidos na data especial, na qual todos se reunem para comemorar o aniversário do menino Jesus. A ceia de natal brasileira incorporou várias receitas locais como a rabanada e o bolinho de bacalhau, que chegou ao país com a colonização portuguesa. Mas uma ceia tradicional precisa ter também assados como peru, pernil, leitão, lombo, e doces diversos. Também é tradição o vinho e o espumante gelado.

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